sábado, 30 de março de 2013

Tecnologia

Instalação de forno aumenta produção e qualidade do beiju de mandioca no Pará

Um forno industrial produzido pelo Laboratório de Engenharia Mecânica da Universidade Federal do Pará (UFPA) e financiado com recursos do Sebrae via FADESP promete modernizar e melhorar a qualidade do beiju de mandioca produzido no Pará. O equipamento com as dimensões 1m x 1m mantém a temperatura interna garantindo que o alimento asse de forma homogênea e em larga escala. “O forno é feito de aço inoxidável e foi projetado para que seja feito beiju mais vezes e rápido, através do monitoramento da temperatura de assar a farinha e manter essa temperatura constante. Desta forma, o forno aumenta a produtividade do produto e garante ainda que ele asse uniformemente, evitando assim a queima nas bordas”, esclarece o professor José Maria Quaresma, coordenador do projeto e diretor do Laboratório de Engenharia Mecânica da UFPA.


O equipamento possui um sistema eletro/eletrônico que opera a rampa do forno e o aquece, mantendo a temperatura escolhida para a produção do beiju e que liga e desligue o forno em tempo mínimo. O seu processo de construção ocorreu em quatro etapas: elaboração do projeto na FADESP; definição das dimensões do forno; montagem e entrega do equipamento.
Professor José Maria Quaresma,
coordenador do projeto e diretor do Laboratório
de Engenharia Mecânica da UFPA
O forno foi construído para atender as necessidades de produção de beiju colorido de tapioca das mulheres da comunidade Menino Jesus, localizada na PA 448, km03, no Município de Capanema. As produtoras comercializam o produto para alguns estabelecimentos, inclusive lojas de Belém, mas precisavam melhorar a qualidade e agilizar a sua produção para expandirem-se a outros mercados.

O projeto de modernização do forno de beiju atendeu a uma solicitação do Sebrae Regional de Capanema, que identificou a necessidade das produtoras e através do Sebraetec , programa de acesso a conhecimento tecnológicos à empresas, centros de pesquisas e universidades, financiou o equipamento para a comunidade.

Atualmente, o beiju é feito em uma chapa a gás, tipo sanduicheira, que não mede a temperatura, e portanto, inviabiliza a qualidade do produto, apresentando bordas levemente queimadas.

Até final de abril, as produtoras estarão produzindo beiju no forno industrial. Ele já está na comunidade rural, mas antes de começarem a manuseá-lo, as produtoras passarão por cursos de capacitação para entenderem o funcionamento do equipamento e de higiene e manipulação de alimentos, ofertados pelo Sebrae, explica o gerente adjunto do Sebrae Regional de Capanema, Raimundo Edson Cunha.

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